sábado, 18 de abril de 2009

Areias do deserto

O medo arde em meu peito, sou fraca, a raiva perdida levou embora a mulher destemida, sem pesos desmedidos, acometida pelo confuso sentimento de solidão. Na quase entrega, meu corpo dói, o peito explodindo em arcos difusos, os passos parados no meio, o tempo estacionado, mundo imutável de sensações, luzes, quaisquer direções.
A estrada já vazia, traz marcas no solo, pegadas apagadas de lembranças perdidas. Estou cansada, abatida, a espada pesada, armadura ferida.
Polarizando sentimentos, vazio, furor da tempestade, vento.
Estou perdida, e não sei se me acho.
De segurança, restou pensamento, menina assustada, criança atrevida, imatura, imaginação alada. Foge as rédeas, vagueia, cavalga livre, selvagem insano, e se perde mais uma vez, outras tantas mais.
Me falta a razão, que dissolve entre os dedos, voa leve com a brisa, separa em grãos, fragmentos que sobram, quem sabe volta a se unir, um dia perfeito.

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